terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Cabanagem (1835)

A cabanagem foi uma revolta na qual: índios, negros e mestiços se rebelaram contra a elite política e tomaram o poder na então província do Grão-Pará. Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil.
A denominação “cabanagem” se refere ao tipo de habitação que os povos ribeirinhos utilizavam, espécie de cabanas.
Após a independência do Brasil, a província do Grão-Pará mobilizou-se para expulsar as forças que pretendiam manter a região como colônia de Portugal. Nessa luta, que durou diversos anos, formaram-se diversos mocambos de escravos foragidos e eram frequentes as rebeliões militares. Terminada a luta pela independência e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados do poder.
Em julho de 1831 estourou uma rebelião na guarnição militar de Belém do Pará. A indignação do povo cresceu, e em 1833 já se falava em criar uma federação. O presidente da província, Bernardo Lobo de Sousa, desencadeou uma política repressora, na tentativa de conter os inconformados. O ponto máximo foi em 1834, quando Batista Campos publicou uma carta do bispo do Pará, criticando alguns políticos da província. Por não ter sido autorizada pelo governo da Província, Bernardo foi perseguido, refugiando-se na fazenda de um amigo. Reunindo-se aos irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio) e ao seringueiro e jornalista Eduardo Angelim reuniram um contingente de rebeldes na fazenda. Antes de serem atacados por tropas governistas, abandonaram a fazenda. Contudo, no dia 3 de novembro, as tropas conseguiram matar Manuel Vinagre e prender Malcher e outros rebeldes. Batista Campos morreu no último dia do ano, ao que tudo indica de uma infecção causada por um corte que sofreu ao fazer a barba.

Nenhum comentário:

Postar um comentário